Felipe Azevedo *
A sobrevivência das companhias dependerá cada vez mais de uma busca pela inovação disruptiva ao mesmo tempo em que as melhorias contínuas são feitas na "vaca leiteira". Afinal, “as empresas morrem porque fazem bem as mesmas coisas durante tempo demais.”, afirmou John Chambers, ex-CEO da Cisco e autor do livro Connecting the Dots. E esse foi um dos dilemas que me deparei recentemente, no Executive Program da StartSe.
Os três dias de muitas reflexões durante o evento mudaram a maneira como encaro as transformações que o mercado nos exigirá em um futuro breve. Um dos convites que me propus a aceitar nessa imersão foi: Que tal começar hoje a transição do “planning” para “learning”? Aqui, a agilidade e a capacidade de adaptação tornam-se ativos valiosos em nossa dinâmica. Basicamente, experimentar e errar rápido, a conhecida fórmula adotada no Vale do Silício.
É fácil se acomodar na posição já conquistada. Absorver um novo campo de conhecimento ou mudar a nossa crença sobre algo é um desafio, mas acima de tudo é um convite para assumirmos que uma jornada de aprendizado nunca tem um ponto final.
Ao explorar a necessidade de uma mentalidade centrada no aprendizado, nos deparamos com o conceito de ambidestria organizacional. A ambidestria refere-se à capacidade de operar simultaneamente em dois modos: experimentando novas oportunidades e aprimorando as operações existentes. Ou seja, inovar e gerar eficiência e melhorias contínuas.
Essa dualidade é crucial em um ambiente de negócios dinâmico em que a busca pela inovação e a otimização contínua coexistem. Métodos tradicionais, como o consolidado PDCA (Planejar, Fazer, Verificar e Agir), são abordagens lineares que auxiliam na melhoria contínua de processos. No entanto, para lidar com a velocidade acelerada em que vivemos, é preciso ir além: o que mais precisamos fazer?
Inovar requer experimentação e adaptação. Para prosperar em um ambiente de constante mudança é necessário explorar constantemente novas ideias e estratégias e, ao abraçar a inovação e o risco, é preciso ter pés firmes e na disposição para ajustar o curso com base nos resultados e nas mudanças do ambiente.
O iFood é um grande exemplo dessa prática. A companhia tem como um dos pilares a cultura da inovação. Apesar de já ser um negócio inovador, era preciso continuar evoluindo aceleradamente para permanecer líder e evoluir a experiência e satisfação do cliente. Para isso, adotam o método Jet Ski: squads de trabalho testam diariamente diversas ideias e sinalizam aquelas que se mostraram mais promissoras, para serem incorporadas em maior escala.
É justamente a velocidade desses times que permite a exploração de horizontes ainda não pensados. Enquanto as oportunidades são desbravadas pelos jet skis, o “navio transatlântico” – ou a “vaca leiteira” – continua operando com segurança e se alimentando das lições aprendidas.
O cliente no centro
Se ainda houver dúvida dos destinos desconhecidos que as empresas precisam explorar, tenha como norte o cliente. Inovação é um espaço sem controle ou limitações, mas focar em resolver as dores dos clientes deve ser um bom guia. Transformar a experiência do cliente e garantir que as propostas estejam em sintonia com as necessidades e expectativas deles é indiscutível.
Na prática, essa delimitação garante objetividade e maior confiança. Dessa forma, as empresas se posicionam como agentes de evolução constante, garantindo maior preparo em relação às mudanças ininterruptas do mercado.
O futuro de uma organização reside na habilidade de integrar essas abordagens de maneira sinérgica, aprimorando as operações existentes e explorando lugares desconhecidos. E é isso que estamos buscando na LG lugar de gente. Minha jornada de aprendizagem me mostra como é importante o equilíbrio entre inovar e melhorar.
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